sábado, 25 de fevereiro de 2012

FAMÍLIA GRANDE


Somos dez. Às dez mais.  Mais o que, eu não sei, minha mãe é que dizia isto. São as minhas dez mais, qualquer coisa. Também todo filho é mais alguma coisa para as mães mesmo. Encontramos sempre. Não as dez de uma só vez, muito difícil tanta gente disponível no mesmo final de semana; cinco ou seis. Cozinhamos juntas, cada uma faz uma coisa ou comida, ou só descasca as batatas como eu que não sei cozinhar nada. Perto delas é claro, em minha casa ninguém morre de fome ou reclama. As conversas vão acontecendo naturalmente. Uma fez lasanha outra um cozido ou a mais prendada fez um fricassê de frango maravilhoso.
 Ocasião desta eu apareci com o braço queimado pelo óleo de uma batata frita que carinhosamente preparava para minhas meninas. Foi o assunto da vez, todo mundo já havia se acidentado na cozinha. Só que uma delas havia queimado a bunda cozinhando. Como assim? Sentou no fogão? Caiu de bunda na panela?  Estava cozinhando com a bunda? Era braseiro? Dormiu... Churrasqueira!  Nada, tinha pegado uma panela com o pano de prato, a ponta do pano pegou fogo, ela não viu, jogou o pano por sobre o ombro que pegou fogo no vestido e pronto ficou com a bunda queimada. Riamos tanto que a que tirava o frango frito da panela gritou socorro, pois havia queimado o dedão do pé com um pingo de gordura quente.



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