segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A TEORIA DO ACHISMO


Não gosto de Nietzsche.
Toda vez que tento entende-lo em sua loucura, acabo por acha-lo um tremendo sacador que levantava pela manhã e pensava em como aterrorizar os idiotas que o cercavam. Até mesmo a Lou Andreas-Salomé, mulher bem rodada na sua época recusou seu pedido de casamento.
Muito fácil negar a existência de Deus.
Mais fácil ainda, comprova-la.
Nietzsche acreditava que a base racional da moral era uma ilusão e por isso, descartou a noção de homem racional, que dizia impregnada pela utópica promessa e que era só mais uma máscara que a razão não autêntica impunha à vida humana.
O mundo para Nietzsche não é ordem e racionalidade, mas desordem e irracionalidade. Seu princípio filosófico não era portanto Deus e razão, mas a vida que atua sem objetivo definido, ao acaso, e por isso se está dissolvendo e transformando-se em um constante devir. A única e verdadeira realidade sem máscaras, para Nietzsche, é a vida humana tomada e corroborada pela vivência do instante. Era um crítico da vida e da cultura moderna. Para ele os ideais modernos como democracia, socialismo, igualitarismo, emancipação feminina não eram senão expressões da decadência do "tipo homem".
Friedrich Nietzsche pretendeu ser o grande "desmascarador" de todos os preconceitos e ilusões do gênero humano, aquele que ousa olhar, sem temor, aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceitos, por trás das grandes e pequenas verdades melhor assentadas, por trás dos ideais que serviram de base para a civilização e nortearam o rumo dos acontecimentos históricos.
E assim a moral tradicional, a religião e a política não são para ele nada mais que máscaras que escondem uma realidade inquietante e ameaçadora, cuja visão é difícil de suportar. A moral é o caminho mais fácil de ser trilhado para se subtrair à plena visão autêntica da vida.
“DEUS ESTÁ MORTO’, foi o que ele disse e se deu mal porque louco morreu ele”.

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