“VIAGEM AO CENTRO DA TERRA”
Lançado em 1864, o livro “Viagem ao centro da terra” do escritor
francês Júlio Verne, acabou se tornando um clássico no gênero de ficção cientifica. Não era um cientista, estudou direito e se tornou um escritor de
obras de ficção tão verossímeis que os leitores se perguntavam se eram fatos reais ou mesmo ficção, pois fazia predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos como os submarinos e máquinas voadoras com viagens à lua.
A história de Júlio Verne foi filmada duas vezes em 1959 e outra em 2008; que apesar de terem se tornado bons filmes pecam por não acompanhar o livro originalmente. No livro, são três pessoas que vão em direção as entranhas da terra, apenas com os suprimentos, já no filme é um grupo de cientistas, com equipamentos modernos e uma nave de última geração. Júlio Verne escreveu seus romances no final do séc. XIX, e na época ele pode proporcionar à sociedade uma viagem a mundos desconhecidos e devido a sua genialidade e criatividade, sua literatura é uma das mais populares do mundo. Talvez os movimentos da época, como o determinismo, o positivismo, e a teoria da evolução de Charles Darwin, tivessem incentivado ou despertado tais ideias na mente dele, porém isso é algo que nunca saberemos ou talvez não seja fácil de provar. O interessante deste livro é que ao mesmo tempo em que tudo nele parece impossível, a história em si parece muito real; os personagens durante o romance sempre têm explicação para tudo.
Ao longo da narrativa, temos um aprendizado constante sobre geologia e paleontologia, pois os personagens se comportam como se estivessem em uma expedição mineralógica.
Hoje com os avanços tecnológicos e comparados aos conhecimentos que nos são proporcionados pelos livros de geografia, sabemos estarem corretas as informações contidas na obra de Júlio Verne.
Apresentamos um pequeno resumo da obra para compartilharmos uma opinião a respeito da obra de Júlio Verne:
No séc. XIX o professor e geólogo alemão, Dr. Lidenbrock, descobre um manuscrito codificado de um antigo alquimista islandês do séc. XVI e, depois de decifrá-lo, fica, a saber, que é possível ir ao centro da Terra. Com o intuito de realizar tal proeza, ele e o seu sobrinho Axel partem para a Islândia onde contratam Hans, um caçador islandês, para servir de guia e ajudante. E seguem as indicações do manuscrito que indica como entrada para o interior da Terra a cratera de um vulcão na região ocidental da ilha da Islândia, o Sneffels. Já abaixo da superfície terrestre os três homens percorrem corredores e galerias, por entre peripécias e dificuldades, até chegarem a uma galeria de dimensões colossais com um oceano, ilhas, nuvens e até luz gerada por um fenómeno eléctrico desconhecido. Mais chocados ficam ao encontrar, naquele mundo paralelo, vida que, à superfície, se extinguira há muitos milhares de anos como dinossauros e homens das cavernas. Constroem uma jangada para atravessar o oceano, mas uma tempestade de vários dias leva-os até à outra margem do oceano, precisamente onde se encontra a entrada para o centro da Terra que está, no entanto, obstruída devido a um recente desabamento de terras. Recorrendo ao uso de pólvora Hans tenta desobstruir a passagem, mas a explosão é de tal forma violenta que a jangada onde os três se encontram é puxada para a chaminé de um vulcão e, em consequência de uma erupção,
são expelidos para a superfície terrestre. Descobrem então que o vulcão por onde foram expelidos é o Stromboli, localizado na Sicília, o que quer dizer que eles percorreram, no mundo paralelo, mais de 5000 km.
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